Entretanto, em Portugal: estudantes do Ensino Superior de novo na rua por mais Acção Social‎

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A manifestação saiu do Marquês de Pombal às 14h e rumou ao Palácio de S. Bento, para entregar uma moção com as principais queixas dos universitários.

Cf. também:

• Maioria no Governo chumba projectos para isenções de propinas no Ensino Superior  
• Crise força 3300 alunos a desistirem do ensino superior desde o início deste ano lectivo
• Estudantes estão a abandonar universidades por razões económicas
• Recém-licenciados devem 1,4 milhões à banca
• 40% dos pedidos de bolsas na Universidade de Coimbra foram recusados
• Jerónimo de Sousa denuncia “inaceitável processo de elitização” no Ensino Superior
• A fuga de cérebros de Portugal será dramática

As últimas contas apontam para que, pelo menos, 6 mil estudantes que não se inscreveram no Ensino Superior, devido às dificuldades económicas [ver vídeo], segundo refere Rita Santos, da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), que também organizou hoje um protesto contra a precariedade.

"Na nossa faculdade tivemos que pagar, no ato de inscrição, a primeira prestação das propinas, no valor de 350 euros", explicou a estudante de Ciências da Cultura, sublinhando que muitos colegas não poderam efetuar a inscrição na altura por  não terem dinheiro.
"No meu caso tenho ainda a somar 120 euros mensais para o passe", acrescentou, lembrando que a redução da comparticipação do Estado no passe sub-23 (de 50% para 25%) afeta muitos estudantes.
Rita Santos disse ainda que há 58 mil universitários que não tiveram direito a bolsas de estudo, o que equivale a um aumento de 50% face ao ano letivo anterior. Além disso, as propinas máximas deverão sofrer um aumento de 30 euros, "tornando-se insustentáveis" para muitos bolsos.

Moção em São Bento

Estas são algumas das queixas dos estudantes do Ensino Superior que se juntaram hoje num protesto marcado para às 14h, no Marquês de Pombal, em Lisboa, a que se segue uma marcha até ao Palácio de São Bento, onde será lida uma moção com as queixas dos universitários.
No ano em que se comemora o 50º aniversário do Dia do Estudante, os alunos reivindicam mais apoios sociais para estudarem, "um direito que lhes assiste".
"Os sucessivos erros nas políticas educativas são fruto de opções claras do atual Governo e das políticas dos anteriores Executivos. Se esta manifestação terá efeitos ou não, se o problema se vai continuar a arrastar vamos perceber depois, mas uma coisa é certa, não vamos baixar os braços", concluiu a estudante. 

Mais informação: SIC Notícias, RTP, DN, JN, Sol, Público, P3.