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Entretanto, em Brasília: mega cerimónia de lançamento oficial do 'Plano Brasil Sem Miséria' mobiliza todo o Governo

Posted: 2 de jun. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , , , ,

Segue em baixo a cobertura, em directo de Brasília, do lançamento do 'Plano Brasil Sem Miséria' que está a mobilizar todo o Governo Dilma e a captar as atenções do Mundo, em especial do Banco Mundial e da ONU.

Vídeo institucional 'Plano Brasil Sem Miséria':


Discurso da presidente Dilma no lançamento:


A cerimónia de lançamento do 'Plano Brasil Sem Miséria' na íntegra:


Colectiva da ministra Tereza Campello sobre as directrizes do plano:


Este post fica, pois sujeito a actualização, clicando no link em baixo para expansão dos conteúdos.
Para já deixo a página do projecto no Facebook e, para consulta dos seus principais eixos, o powerpoint da apresentação oficial do 'Plano Brasil Sem Miséria'.


Busca ativa por 16,2 mi de pessoas em situação de extrema pobreza
"Estado precisa correr atrás da miséria", diz Dilma

Com a meta de retirar 16,2 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza, a presidenta Dilma Rousseff lançou nesta quinta-feira (02/06), em Brasília, o Plano Brasil Sem Miséria, que agrega transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva. Com um conjunto de ações que envolvem a criação de novos programas e a ampliação de iniciativas já existentes, em parceria com estados, municípios, empresas públicas e privadas e organizações da sociedade civil, o governo federal quer incluir a população mais pobre nas oportunidades geradas pelo forte crescimento econômico brasileiro.

O objetivo é elevar a renda e as condições de bem-estar da população. O Brasil Sem Miséria vai localizar as famílias extremamente pobres e incluí-las de forma integrada nos mais diversos programas de acordo com as suas necessidades. Para isso, o governo seguirá os mapas de extrema pobreza produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "O Brasil Sem Miséria levará o Estado às pessoas mais vulneráveis onde estiverem. A partir de agora, não é a população mais pobre que terá que correr atrás do Estado, mas o contrário", afirma ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Busca ativa -- Na estratégia da busca ativa, as equipes de profissionais farão uma procura minuciosa na sua área de atuação com o objetivo de localizar, cadastrar e incluir nos programas as famílias em situação de pobreza extrema. Também vão identificar os serviços existentes e a necessidade de criar novas ações para que essa população possa acessar os seus direitos.

Mutirões, campanhas, palestras, atividades socioeducativas, visitas domiciliares e cruzamentos de bases cadastrais serão utilizados neste trabalho. A qualificação dos gestores públicos no atendimento à população extremamente pobre faz parte da estratégia.

O plano engloba ações nos âmbitos nacional e regional. Na zona rural, por exemplo, incentiva o aumento da produção por meio de assistência técnica, distribuição de sementes e apoio à comercialização. Na área urbana, o foco da inclusão produtiva é a qualificação de mão-de-obra e a identificação de emprego. Além disso, as pessoas que ainda não são beneficiárias do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) serão incluídas nestes programas de transferência de renda.

O plano vai priorizar a expansão e a qualificação dos serviços públicos em diversas áreas, assegurando, por exemplo, documentação, energia elétrica, alfabetização, medicamentos, tratamentos dentário e oftalmológico, creches e saneamento. Os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) serão os pontos de atendimento dos programas englobados pelo Brasil Sem Miséria. As sete mil unidades existentes no País funcionam em todos os municípios e outros pontos serão criados.

Romper a linha da miséria – O plano, direcionado aos brasileiros que vivem em lares cuja renda familiar é de até R$ 70 por pessoa, cumpre um compromisso assumido pela presidenta Dilma Rousseff. Do público alvo do Brasil Sem Miséria, 59% estão no Nordeste, 40% têm até 14 anos e 47% vivem na área rural.

"Só foi possível reduzir a desigualdade e a pobreza no Brasil, nos últimos anos, por que o governo adotou ações que aliam crescimento econômico com inclusão social, como o aumento do emprego, a valorização do salário mínimo, a ampliação dos programas sociais e a expansão do crédito. Os resultados obtidos – 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 36 milhões subiram para a classe média – comprovam que as medidas foram acertadas. Com o Brasil Sem Miséria, vamos juntar o mapa da extrema pobreza com o da geração de oportunidades e permitir que milhões de brasileiros rompam a linha da miséria", destaca a ministra Tereza Campello.

Meta é qualificar 1,7 milhão de pessoas nas cidades
As iniciativas de inclusão produtiva urbana vão reunir estímulo ao empreendedorismo e à economia solidária, oferta de cursos de qualificação profissional e intermediação de mão-de-obra para atender às demandas nas áreas públicas e privadas, totalizando dois milhões de pessoas.

Em relação à qualificação, a proposta é atender 1,7 milhão de pessoas de 18 a 65 anos por meio de ações articuladas de governo: Sistema Público de Trabalho, Emprego e Renda;> Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec)Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida;Rede de Equipamentos de Alimentos e Nutrição; e coleta de materiais recicláveis.

Além da qualificação, o trabalho de inclusão produtiva abrangerá a emissão de documentos, acesso a serviços de saúde, como o Olhar Brasil, para exame de vista e confecção de óculos, e o Brasil Sorridente, para tratamento dentário, microcrédito e orientação profissional.

Catadores – O plano prevê ainda o apoio à organização produtiva dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Para este público, está prevista a melhoria das condições de trabalho e a ampliação das oportunidades de inclusão socioeconômica. A prioridade é atender capitais e regiões metropolitanas, abrangendo 260 municípios.

O Brasil Sem Miséria também apoiará as prefeituras em programas de coleta seletiva com a participação dos catadores de materiais recicláveis. O plano vai capacitar e fortalecer a participação na coleta seletiva de 60 mil catadores, até 2014, viabilizar a infraestrutura para 280 mil e incrementar cem redes de comercialização.

Número de agricultores familiares em situação de extrema pobreza atendidos pelo PAA será quadruplicado

Uma das metas do Brasil sem Miséria para a zona rural é aumentar em quatro vezes o número de agricultores familiares, em situação de extrema pobreza, atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Subirá de 66 mil para 255 mil até 2014. Com a expansão, a participação dos agricultores muitos pobres no conjunto dos beneficiários do PAA será elevada de 41% para 57%.

Atualmente, 156 mil agricultores vendem sua produção para o programa e a meta é ampliar para 445 mil até o final do atual governo.

Para acompanhar os agricultores, haverá uma equipe de 11 técnicos para cada mil famílias. Consta ainda do plano o fomento de R$ 2,4 mil por família, ao longo de dois anos, para apoiar a produção e a comercialização excedente dos alimentos. O pagamento será efetuado por meio do cartão do Bolsa Família.

Além disso, 253 mil famílias receberão sementes e insumos, como adubos e fertilizantes. Ampliar as compras por parte de instituições públicas e filantrópicas (hospitais, escolas, universidades, creches e presídios) e estabelecimentos privados da agricultura familiar também é objetivo do plano.

750 mil famílias terão cisternas; 257 mil receberão energia elétrica

O acesso à água para o consumo e a produção é outra ação que se fortalece com o Brasil sem Miséria. De acordo com o plano, a construção de novas cisternas para o plantio e criação de animais vai atender 600 mil famílias rurais até 2013. Também haverá um "kit irrigação" para pequenas propriedades e recuperação de poços artesianos.

No caso da água para o consumo, a proposta é construir cisternas para 750 mil famílias nos próximos dois anos e meio. Desde 2003, o governo destinou recursos para a construção de 340 mil cisternas na região do semiárido.

Outra iniciativa é a implantação de sistemas complementares e coletivos de abastecimento para 272 mil famílias. Todas essas ações irão contemplar populações rurais dispersas ou que vivem em áreas mais adensadas e com acesso a fontes hídricas.

O plano definiu também que mais 257 mil famílias terão acesso à energia elétrica até 2014. Esse quantitativo foi obtido a partir de cruzamento dos dados da população extremamente pobre, levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o cadastro das empresas de energia.

Bolsa Verde: R$ 300 para preservação ambiental

O governo federal vai criar um programa de transferência de renda para as famílias, em situação de extrema pobreza que promovam a conservação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham. É o Bolsa Verde, que pagará, a cada trimestre, R$ 300 por família que preserva florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável. O valor será transferido por meio do cartão do Bolsa Família.

Mais 800 mil no Bolsa Família; limite de benefícios por filho aumentará de 3 para 5

O Brasil Sem Miséria vai incluir no Bolsa Família 800 mil famílias que atendem as exigências de entrada no programa, mas não recebem o recurso porque ainda não estão cadastradas. Para efetuar o cadastramento, haverá um trabalho pró-ativo de localização desses potenciais beneficiários. O governo pretende atingir essa meta em dezembro de 2013.

Outra mudança no programa é o limite do número de crianças e adolescentes com até 15 anos para o recebimento do benefício, que hoje é de R$ 32. Antes, independentemente do número de crianças na família, a quantidade máxima de benefícios era de três. Agora, passa para cinco. Com a alteração, 1,3 milhão de crianças e adolescentes serão incluídos no Bolsa Família. Hoje, são 15,7 milhões. Da população extremamente pobre, 40% têm até 14 anos.

Em abril, o governo reajustou em 45% o valor do benefício pago às crianças nesta faixa etária. Além da expansão do programa federal, o governo está em negociação com os estados e municípios para a adoção de iniciativas complementares de transferência de renda.

Aumento de oferta de serviços públicos com qualidade

A expansão e a qualidade dos serviços públicos ofertados às pessoas em situação de extrema pobreza norteiam o Brasil sem Miséria. Para isso, o plano prevê o aumento e o redirecionamento dos programas aliados à sensibilização, mobilização e qualificação dos profissionais que atuam em diversas áreas.

As ações incluirão os seguintes pontos: documentação; energia elétrica; combate ao trabalho infantil; cozinhas comunitárias e bancos de alimentos; saneamento; apoio à população em situação de rua; educação infantil; Saúde da Família; Rede Cegonha; medicamentos para hipertensos e diabéticos; tratamento dentário; exames de vista e óculos; combate ao crack e outras drogas; e assistência social, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas).

Os números do Brasil sem Miséria

Retirar 16,2 milhões da extrema pobreza
Renda familiar de até R$ 70 por pessoa
59% do público alvo está no Nordeste, 40% tem até 14 anos e 47% vivem na área rural
Qualificar 1,7 milhão de pessoas entre 18 e 65 anos
Capacitar e fortalecer a participação na coletiva seletiva de 60 mil catadores até 2014
Viabilizar a infraestrutura para 280 mil catadores e incrementar cem redes de comercialização
Aumentar em quatro vezes, elevando para 255 mil, o número de agricultores familiares, em situação de extrema pobreza, atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
Equipe de 11 técnicos para cada mil famílias de agricultores
Fomento semestral de R$ 2,4 mil por família, durante dois anos, para apoiar a produção e a comercialização excedente dos alimentos
253 mil famílias receberão sementes e insumos
600 mil famílias terão cisternas para produção
257 mil receberão energia elétrica
Construir cisternas para 750 mil famílias nos próximos dois anos e meio
Implantação de sistemas complementares e coletivos de abastecimento para 272 mil famílias
Bolsa Verde: R$ 300 para preservação ambiental
Bolsa Família incluirá 800 mil
Mais 1,3 milhão de crianças e adolescentes incluídos no Bolsa Família

publicado no Blog do Planalto 

(...)

Dilma cumpre promessa ao criar programa com porta de saída das ações sociais
"O Brasil sem Miséria unirá o País que cresce e o País que ainda não consegue aproveitar tais oportunidades", diz Tereza Campello
 
02/06/2011
O Programa Brasil sem Miséria, lançado nesta quinta-feira (02/06), pela presidenta Dilma Rousseff, vai promover a inclusão social e produtiva da parcela da população brasileira que ainda vive em situação de extrema pobreza - são 16,2 milhões de pessoas, segundo o Censo Demográfico 2010 (IBGE).

O Brasil sem Miséria prevê inclusão no mercado de trabalho e iniciativas para proporcionar aos beneficiados autonomia para garantir o sustento, integrando outras ações do governo na área social, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida.

O Programa tem três eixos: garantia de renda, inclusão produtiva e acesso a serviços públicos, áreas definidas a partir dos mapas que revelam insuficiência de renda, carência de serviços públicos e o chamado mapa de oportunidade, que reúne todas políticas públicas.

Outra inovação é o diálogo com os movimentos sociais, que participaram da construção do programa. Outra diferença em relação ao Bolsa Família é que não exigência de condicionalidades para a inclusão nos benefícios oferecidos pelo Brasil Sem Miséria.

Público alvo
A definição do público alvo foi feita a partir de uma linha de extrema pobreza - pessoas que vivem com renda per capta mensal de até R$ 70 - que, segundo o IBGE, corresponde a 16.267.197 pessoas - 8,6% da população brasileira. Destes, 40% são crianças; 46,7% moram na zona rural; quase 35% moram nas regiões Nordeste e Norte; 50,5% são mulheres; 70,8% se declararam pretas ou pardas e 39,9% indígenas.

Para a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, o grande desafio será dar conta do que chamou de multidimensionalidade da pobreza, uma vez que a insuficiência de renda sozinha não poderia ser o único indicador a ser levado em consideração.

Outros fatores sociais foram incorporados - ensino, acesso a terra, saúde, moradia, justiça, apoio familiar e comunitário, crédito, voz ativa nas instituições, etc. - geográficos - regiões menos desenvolvidas, assentamentos precários - e biológicos - idade, estado de saúde, gravidez.

O presidente do IPEA, Márcio Pochmann, afirma que a definição da linha de extrema pobreza tem a finalidade de identificar onde é preciso universalizar as ações e serviços do governo. Tal afirmativa, somada ao processo de discussão sobre o Plano, é um contraponto saudável aos recortes do programas de combate à pobreza dos anos oitenta, baseados em uma matriz universal gerida pelo Banco Mundial, calcada em cálculos matemáticos e focalizações.

"O Brasil sem Miséria unirá o País que cresce e o país que ainda não consegue aproveitar tais oportunidades", diz a ministra Tereza Campello.

Os levantamentos para a implementação do programa mostraram carências que a parcela mais desfavorecida da população enfrenta, entre elas de instrução, acesso à terra e insumos para produção, saúde, moradia, justiça, apoio familiar e comunitário, crédito e recursos produtivos. A partir deste diagnóstico, o Brasil sem Miséria prevê ações de transferência de renda associadas à melhoria geral do bem estar social e ao acesso às oportunidades de ocupação e renda.

Combinação de programas
A combinação de programas tem o objetivo de garantir que diversos serviços cheguem à camada mais pobre da população. Para isso, o diagnóstico dos beneficiados levará em conta os aspectos da região onde vivem e a preocupação com o desenvolvimento sustentável.

Um bom exemplo, é a combinação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) com o programa Bolsa Família e outros que ainda serão lançados pelo governo.

A meta de erradicação da miséria no País será articulada com estados e municípios, iniciativa privada e a sociedade civil. A idéia é erradicar a miséria no país num período de quatro anos.

A proposta de erradicação da pobreza, impensada há décadas atrás, passa a ser prioritária para o Governo Dilma em função dos resultados positivos para a redução da desigualdade obtidos pelo Programa de Valorização do Salário Mínimo e por programas sociais como o Programa Bolsa Família.

Em 2003, início do governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva, existiam no Brasil cerca de 40 milhões de pessoas vivendo em estado absoluto de miséria. Nos últimos oito anos, esse número caiu 16.267.197, ou seja 8,6% da população brasileira. Desse número, 40% são crianças. Retirar esse percentual da pessoas da pobreza, significará a erradicação completa da miséria no país.

Trabalho

Para ampliar o acesso às oportunidades de trabalho, estão previstas as seguintes ações de inclusão produtiva:

Na área urbana:

•Qualificação profissional
•Intermediação/oportunidades
•Economia solidária
•Microcrédito
•Microempreendedor individual - MEI

Na área rural:

•Acesso aos meios de produção
•Assistência técnica e acompanhamento das famílias
•Acesso aos mercados
•Autoconsumo

Para aumentar a produção, viabilizar o acesso ao mercado e garantir alimentos para o consumo das famílias que vivem em situação de extrema miséria na área rural, o Programa prevê também acesso a sementes, mudas, tecnologias e aos programas Luz para Todos e Água para todos.

Perfil
Do total de brasileiros residentes no campo, um em cada quatro se encontra em extrema pobreza (25,5%) e 48,4% dos domicílios rurais em extrema pobreza não estão ligados à rede geral de distribuição de água e não têm poço ou nascente na propriedade, segundo Censo Demográfico 2010 (IBGE).


- 59% estão concentrados na região Nordeste = 9,61 milhões de pessoas

- Do total de brasileiros residentes no campo, um em cada quatro se encontra em extrema pobreza (25,5%)

- 50,9% têm até 19 anos de idade

- 39,9% têm até 14 anos de idade = cerca de quatro em cada dez indivíduos em extrema pobreza no Brasil

- 53,3% dos domicílios não estão ligados à rede geral de esgoto pluvial ou fossa séptica

- 48,4% dos domicílios rurais em extrema pobreza não estão ligados à rede geral de distribuição de água e não têm poço ou nascente na propriedade

- 70,8% são negros (pretos e pardos)

- 25,8% são analfabetos (15 anos ou mais)

- 50,5% são mulheres e 49,5% são homen

* Segundo o Censo Demográfico 2010 (IBGE) – Domicílios particulares permanentes ocupados

Com informações da assessora técnica da área social da liderança do PT, Marcia Anita Sprandel

Veja powerpoint com a apresentação do Brasil Sem Miséria

fonte: Assessoria de Imprensa da Liderança do PT no Senado 



[ACTUALIZAÇÃO]

Congresso vai analisar medidas que criam plano Brasil sem Miséria

Plano para combater a miséria lançado nesta quinta-feira pelo governo federal prevê a ampliação do programa Bolsa Família e a criação da Bolsa Verde. As novidades serão encaminhadas para análise do Congresso por medida provisória. Os presidentes da Câmara, Marco Maia, e do Senado, José Sarney e deputados que acompanharam o lançamento do programa elogiaram as propostas.
O plano Brasil sem Miséria vai atender famílias com renda per capita menor que R$ 70. São mais de 16 milhões de pessoas, que se encontram em extrema pobreza, que poderão ser incluídas em programas sociais, como o Bolsa Família, ou em novas iniciativas no campo e nas cidades.

Busca ativa
 Para ampliar o número de beneficiados com o Bolsa Família, o governo vai adotar uma nova estratégia, chamada de "busca ativa". A ideia é que o governo vá atrás das pessoas que necessitam, mas que ainda não recebem o benefício, para incluí-las no cadastro único do programa.
Outra medida é ampliar de três para cinco o número de filhos que cada família pode inscrever no programa. A família receberá R$ 32 por filho cadastrado. O objetivo é incluir 1,3 milhão de crianças e adolescentes de até 15 anos.
De acordo com Marco Maia, além de frisar o compromisso da presidente Dilma Rousseff com a erradicação da miséria, o Brasil Sem Miséria acerta por ser uma política governamental diferenciada. “A chave-principal é a ideia da busca ativa, isto é, de ir buscar aquelas famílias totalmente desamparadas. São pessoas que não conseguiram ser incluídas nem nos programas já existentes, como o Bolsa Família, e não têm acesso a serviços essenciais como água, luz, educação, saúde, moradia”, afirmou.

Bolsa Verde
A Bolsa Verde, a ser criada por medida provisória, será um auxílio trimestral de R$ 300 para os beneficiários do Bolsa Família no meio rural que preservarem o meio ambiente.
A deputada Janete Pietá PT-SP) considera o programa um marco. “Além de admitir a exclusão e a pobreza, o Estado irá ao encontro para fazer com que as pessoas, os brasileiros que se encontram nessa situação, sejam também agentes de sua própria transformação."
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), quer analisar com rapidez as propostas do plano. "O programa é fundamental, porque senão haverá sempre uma parcela da população miserável, cada vez mais distante do Estado. Essa população é tão miserável que nem sabe que tem um Estado para prestar ajuda a ele. Então, é tão desinformada que não sabe da existência dos programas."

Aquisição de Alimentos
O Brasil Sem Miséria prevê metas específicas para o meio rural. Entre as ações destinadas à agricultura familiar, está a ampliação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que passará de 66 mil para 255 mil agricultores atendidos em 2014. As famílias vão receber R$ 2,4 mil, durante dois anos, como apoio à comercialização dos alimentos. Além disso, serão disponibilizados 11 técnicos para cada mil famílias cadastradas no PAA.
Para o presidente da Câmara, a divisão das ações destinadas ao meio urbano e ao meio rural é essencial para atender às diferentes realidades do Brasil. “Um em cada quatro brasileiros do campo são extremamente pobres. E estas pessoas não têm as mesmas necessidades de quem vive em uma metrópole, por exemplo. Políticas articuladas entre as três esferas de governo, especialmente destinadas a essa população, vão garantir a sustentabilidade do campo e uma vida digna a milhares de famílias”, defendeu Marco Maia.
O presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara, deputado Lira Maia (DEM-PA), espera que, na prática, o programa não seja repassado para a execução pelos municípios, o que dificultaria sua aplicação. Lira Maia diz que o pequeno produtor rural precisa ter o amparo e a cobertura do governo.

Crédito suplementar
Além da medida provisória, também serão encaminhados ao Congresso projetos de crédito suplementar para custear o plano de combate à miséria.
O deputado Gilmar Machado (PT-MG) acredita que as propostas não vão enfrentar dificuldade de tramitação. "É um programa que independe de governo.Tanto o governo como a oposição têm prefeituras e que logicamente o programa chega lá para atender as pessoas. Certamente a medida provisória e os créditos terão tramitação rápida."
Governadores e prefeitos de todo Brasil também estiveram presentes à solenidade de lançamento do plano Brasil sem Miséria no Palácio do Planalto. A presidente Dilma Roussef destacou que o sucesso do programa depende da colaboração desses dirigentes.
Em seu discurso, a presidente Dilma Rousseff afirmou que conta com a sensibilidade dos presidentes Marco Maia e José Sarney para a aprovação pelo Congresso Nacional das modificações legislativas necessárias para a execução do plano.
A medida provisória e os projetos de crédito ainda não chegaram ao Congresso.

via Agência Câmara - 02.06.2011

(...)

Brazil to extend its welfare programme

Brazil’s president Dilma Rousseff has launched an expansion of the government’s politically popular welfare system, which is credited with lifting millions out of poverty and contributing to her election victory last year.
Ms Rousseff said the plan, known as “Brazil Without Misery”, would focus on 16.2m people still living in “extreme poverty” by expanding the government’s “Bolsa Familia” family stipend scheme and other benefits for small farmers, garbage pickers and others.
The government planned to spend R$20bn ($13bn) annually over the next four years, a sum that may raise eyebrows at a time when the country is trying to control fiscal spending to help curb rising inflation.
“Social inclusion makes our growth sustainable,” Ms Rousseff said at the launch of the programme in Brasília on Thursday.
Bolsa Familia, which was expanded by former president Luiz Inácio Lula da Silva, has been lauded for its part in the country’s recent economic success. The programme, which paid a monthly stipend to 12.9m families last year in return for ensuring their children attended school, has been credited with helping 36m Brazilians enter the middle classes in recent years.
The government said the new programme would aim to help families with household income of less than R$70 a month.
It would increase the number of recipient families by 800,000 and the number of children and youths by 1.3m through a clause that would allow parents to claim for up to five children rather than three currently.
The plan also spans a wide variety of other programmes, such as a subsidy of up to R$2,400 every six months for small farmers to help them sell surplus produce.
It would expand a recyclables collection programme to help nearly a quarter of a million garbage pickers and would train 1.7m people to enable them to join the formal workforce or get better jobs.
The announcement of the programme, one of the first major initiatives by Ms Rousseff during her five months in office, may have been designed by the president to regain the initiative after a bruising political battle surrounding her chief of staff, Antonio Palocci.
Opposition congressmen want to question him over a rapid increase in his wealth during the past four years from a consultancy he was running while he was serving as a lawmaker.
While he is not alleged to have done anything illegal, the affair has threatened to weaken the administration of Ms Rousseff, who relies heavily on Mr Palocci to co-ordinate with the government’s allies in Congress.
The announcement of her programme comes as Robert Zoellick, the president of the World Bank, visited Brazil to announce an increase in the institution’s lending to the country to an estimated $5-6bn this year compared with more than $3bn a year in the past.
He told a press conference this week that while Bolsa Familia was highly successful there was still work to be done.
“Sixteen million people is the size of a good-sized country in many places,” Mr Zoellick said of the number still living in extreme poverty in Brazil.

publicado no Financial Times

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